Quantos viram?

sábado, 15 de junho de 2013

Manifest[ação]

    Meu primeiro post vem com cobertura de sangue, suor e cansaço. Estamos em um momento de manifestação, de luta por direitos e pelo respeito deles. Hoje 8.000 pessoas se uniram em Belo Horizonte para lutar por mim, outras tantas estão se reunindo em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras cidades do país e do mundo para lutar por mim (e por você!). Mas elas estão sangrando...
    Aprendi que justiça é aquilo que nos faz iguais em direitos e deveres, é aquilo que nos dá liberdade e segurança, mas nesses dias tenho visto que nada disso neste país existe. Aliás, sei que há muito tempo não existe, se é que um dia existiu. Tenho levado alguns tapas morais, enquanto os manifestantes do meu país, muitos deles estudantes, levam tiros, apanham, são presos e agredidos como se fossem bandidos.
    Aqui no meu país bandido é tratado com decoro, enquanto as pessoas que se manifestam contra a repressão e o abuso político são tratadas como bandidos. Aqui no meu país a imprensa é vendida... ela tenta cegar um povo com futebol no horário nobre, pra mostrar o quanto o nosso país é "feliz". Aqui no meu país a imprensa chama os ativistas de outros países de manifestantes e os manifestantes do meu país de vândalos. Neste país as pessoas costumam sentar e falar, ou invés de levantar e lutar e se comprometer com os próprio direitos. Aqui as pessoas tem seus direitos desrespeitados, mas preferem lotar os estádios de futebol ao lotar as ruas e dizer BASTA.
   Os brasileiros chegaram a achar que a democracia existe, mas eu vi que ela está apagada ou também nunca existiu, porque aqui a "justiça" proíbe manifestações.
   Os governantes gastam milhões em estádios enquanto o país afunda em saúde pública precária, eles roubam à vontade enquanto a educação só piora, eles jogam o nosso dinheiro na privada enquanto jogam também a nossa dignidade pelo ralo.
   E quer saber o mais triste??? A CULPA É MINHA E A CULPA É SUA!
   O povo daqui diz que manifestante é desocupado. O povo daqui aceita tudo o que é feito em troca de um jogo de futebol, em troca de uma novela na TV... e tudo isso não é uma questão de educação, ou de classe social, mas de caráter. O povo daqui é vendável, é submisso e não conhece um palmo à frente do seu nariz.
  Hoje criei um evento para organizar uma manifestação na região em que moro e até agora apenas 6 pessoas confirmaram presença. Vai me dizer que isso é culpa do governo?
  O Brasil tem mais de 180 milhões de habitantes, mas as pessoas que querem de verdade um país melhor pra si e para seus filhos não chega a 5%. Mas também, lutar pelo respeito dos nossos direito pra que? Se é mais legal eu postar coisas fúteis no Facebook e ter várias pessoas me curtindo e mostrando o quanto eu sou "famoso (a)"? Aprenda: ser famoso (a) no Facebook é como ser rico no Banco Imobiliário.
  Se hoje você pode mandar e-mails, entrar no Facebook, frequentar uma faculdade, um bar, um cinema, ouvir qualquer música, conversar com amigos numa roda, votar, ter carteira de trabalho assinada e assistir a porcaria da novela ou do futebol, é porque pessoas lutaram por isso, elas estavam insatisfeitas e se levantaram do sofá.
  Estão rindo da sua cara, pisoteando sua moral, destruindo seu futuro e queimando seus sonhos enquanto você acha que tudo o que está acontecendo não tem nada a ver com você.
  Quero viver num país justo, com pessoas justas, governantes justos e povo feliz, mas feliz de verdade. Dá pra você me (se) ajudar? 
   Se o assunto te incomoda, peço desculpas pelo transtorno, mas estou trabalhando para mudar o Brasil.
  
   
   

3 comentários:

  1. Fã incondicional!!!

    Estamos juntas pra lutar pela mesmo ideal!!

    Lutar pelo Brasil que sonhamos... ter dignidade e força!!!

    Por que acreditamos nas flores vencendo o canhão... vem vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera acontecer....


    Milacris santos.

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    1. Poxa, Mila... valeu pelo apoio. Mesmo que as pessoas não acreditem, não podemos desistir. Temos que ser fortes e ir em frente em busca de um lugar melhor para nós e nossos semelhantes!

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  2. Poxa, Mila... valeu pelo apoio. Mesmo que as pessoas não acreditem, não podemos desistir. Temos que ser fortes e ir em frente em busca de um lugar melhor para nós e nossos semelhantes!

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