É sobre você, de novo. E sobre essa redundância crônica que me atormenta, como as assombrações me atormentariam se eu acreditasse nelas.
É sobre você, porque se também é sobre a redundância, bem, só pode ser sobre você. Você é redundante em mim, nos meus pensamentos, principalmente naqueles que envolvem coisas impossíveis, tipo nós dois.
E como é redundante, eu penso todo dia (toda hora, a qualquer minuto, ou em todos eles?).
E até são redundantes minhas tentativas de me livrar de você. Sempre a mesma vontade, sobre a mesma pessoa, apenas com palavras diferentes, mas com o mesmo propósito. Redundante.
Redundâncias deixam o texto pobre e a língua cansada, mas o coração as adora. O coração que eu gostaria de ter, não. O que eu tenho só vive delas, e de você.
Mas se esse texto era sobre você, e sobre redundâncias, se você é a própria redundância, e se eu digo que meu coração só vive de redundâncias, não seria redundante dizer "e de você"? Não responde. Eu já sei.
Redundante.
"Depois de todos esses anos, o único personagem que não consigo apreender é a menina com o copo d’água. Ela está no centro e ainda assim está fora."
Quantos viram?
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Redundância
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